O que é interdisciplinaridade?

O que é interdisciplinaridade?

Por: Marcia Belmiro | Crianças | 11 de dezembro de 2019

Descartes, pensador do século XVII, já dizia que o mundo “é um todo coeso, com várias partes que interagem entre si”. No entanto, nos últimos tempos abandonamos a concepção integral do ser humano, que passou a ser visto como um ser fragmentado.

Nessa visão, quando o indivíduo tem um problema – físico, mental, comportamental etc. – ele é atendido por um único profissional, especialista naquela questão. É como se desse para “consertar” cada parte de uma pessoa separadamente, à semelhança de um relógio quebrado, por exemplo.

Acontece que essa visão compartimentada não responde mais às demandas da sociedade. As questões atuais são cada vez mais complexas, necessitando de múltiplas abordagens disciplinares, de profissionais de áreas distintas do conhecimento humano que se complementam.

 

Interdisciplinaridade para crianças

Na infância atual, vemos aumentarem exponencialmente os casos de ansiedade, depressão, TDAH – já considerados verdadeiras epidemias. Nessas situações, uma abordagem integral garante resultados melhores e mais rápidos, propiciando um equilíbrio global e a possibilidade de essas crianças atingirem o máximo de seu potencial em todas as esferas.

Isso é possível com a combinação de tratamentos com profissionais de saúde tradicional, como pediatras, psiquiatras, psicólogos, mas também com o auxílio da homeopatia, da aromaterapia e da acupuntura, por exemplo.

O Método KidCoaching – um conjunto de técnicas e ferramentas baseado em Psicologia Positiva, Neurociência, Psicanálise, Gestalt-Terapia, Pedagogia e Filosofia – também tem sua eficácia comprovada para complementar a abordagem em questões comportamentais diversas.

 

A visão integrativa no Brasil e no mundo

Em países como os Estados Unidos, as terapias complementares já são uma realidade. Em 2010, estavam presentes em 42% dos hospitais do país, com tendência de crescimento. De acordo com uma apuração feita pelo site da Revista Galileu, “universidades como Harvard já dispõem de departamentos dedicados à pesquisa e aplicação de acupuntura, técnicas de relaxamento e afins. O número de estudos sobre o tema cresceu 33% em cinco anos, de acordo com o banco de dados de publicações médicas Pubmed. Só em 2011 foram 514 artigos divulgados”.

Aqui no Brasil ainda não há dados atualizados sobre tratamentos interdisciplinares, mas é provável que isso aconteça em breve, já que em 2018 o Ministério da Saúde anunciou a incorporação de dez novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS) oferecidas pelo SUS, entre eles aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia e terapia de florais – atualmente já são 29 PICS aprovadas e em funcionamento no SUS.

Fonte:

“Dossiê: Medicina Integrativa”. Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI329670-17579,00-DOSSIE+MEDICINA+INTEGRATIVA.html

“Práticas Integrativas e Complementares (PICS): quais são e para que servem”. Disponível em: http://saude.gov.br/saude-de-a-z/praticas-integrativas-e-complementares

                      

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