A hora e a vez das metodologias ativas de estudo

A hora e a vez das metodologias ativas de estudo

Por: Marcia Belmiro | Educação | 24 de abril de 2020

Cada vez mais as metodologias ativas de estudo ganham força. Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia em 2014 com alunos de graduação de cursos das áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, na sigla em inglês) comparou o resultado de aulas tradicionais versus modelos de aprendizado ativo. 

O resultado é que a nota média dos alunos que usaram metodologias ativas foi maior. Por outro lado, os alunos das turmas que foram submetidos a aulas tradicionais tiveram uma probabilidade 1,5 vezes maior de ir mal nos exames. 


Diferenças principais

No estudo passivo, o aluno é receptor de informações (assiste a aulas, videoaulas, faz leituras e resumos com consulta). Já na modalidade ativa, o aluno processa informações e interage verdadeiramente com o conteúdo (faz exercícios, explica a matéria para alguém, usa flash cards, resume a aula com as próprias palavras).

O estudo ativo gasta mais energia, é geralmente mais desconfortável, mas gera melhores resultados para a aprendizagem e fixação do conteúdo. As pesquisas que embasam o Método GrowCoaching mostram que quando os alunos testam a si mesmos durante o processo de estudo isso aumenta seu nível de aprendizado. E mais: que essas pessoas conseguem lembrar melhor de uma matéria do que aquelas que não o fazem.


Mudanças a vista

Com as mudanças que vêm acontecendo nos últimos anos no cenário da educação, hoje podemos afirmar que a informação não é mais exclusiva dos professores. Ela está disponível no Google e em diversos canais, às vezes de uma forma até mais atualizada.

O papel principal do professor, hoje, não é mais de passar conteúdo aos alunos, mas de ensiná-los a aprender, e as metodologias ativas trazem esse protagonismo para o aluno. Vejo que, neste momento de quarentena, o movimento de sair da aula tradicional, de usar a crise para inovar na metodologia, pode transformar a relação de aprendizado não só durante a pandemia de coronavírus, mas para além dela”, analisa Sabrina Oliveira.


Como funciona na prática

Sabrina explica que no sistema ativo o aluno aprende na escola de um forma mais parecida com que faz na vida real: ele vai em busca de uma solução, em vez de simplesmente ficar escutando o professor. Ou seja, o estudante obrigatoriamente processa a informação, assimilando-a com mais profundidade.

Sempre que o educador consegue pegar determinado conteúdo e fazer dele um estudo de caso, um projeto focado na resolução de problemas ou uma encenação ele está dando protagonismo ao aluno, o que eleva o processo educacional a outro patamar. Dessa forma, os estudantes têm a oportunidade de problematizar, questionar, resolver, buscar informações, pesquisar, trabalhar em equipe, desenvolvendo habilidades importantes não só no âmbito acadêmico, mas na vida de qualquer um”, afirma Sabrina.

Fontes:

Active Learning Increases Student Performance in Science, Engineering, and Mathematics”. Disponível em: https://www.pnas.org/content/111/23/8410

Material integrante do curso de Formação Teen Coaching.

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