Por: Marcia Belmiro | Adolescentes | 27 de novembro de 2019
Não é só na sua casa. Os adolescentes brasileiros estão se alimentando mal de uma forma geral. Segundo estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2018, 55% dos adolescentes comem produtos industrializados – como macarrão instantâneo, salgadinhos e bolachas recheadas – com regularidade. Os maus hábitos, afirma a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), interferem diretamente na saúde desses jovens: 7,8% dos indivíduos entre 13 e 17 anos estão obesos.
O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes de 2016 complementa essas informações. Ele afirma que o consumo de refrigerantes e balas entre 12 e 17 anos supera o de frutas, verduras, hortaliças e sucos naturais. E ainda que 80% dos adolescentes consomem sódio acima do recomendado e 51,8% bebem menos de cinco copos d’água por dia – o ideal são oito copos.
Segundo a mesma pesquisa, mais da metade dos jovens tem o hábito de comer em frente à TV. Além disso, apenas 48,5% tomam café da manhã sempre ou quase sempre, e 21,9% nunca tomam.
Engajamento: presente!
Para alterar essa situação, em primeiro lugar é preciso que o adolescente tenha o desejo da mudança. Só assim, com o engajamento dele, é possível fazer algo. Havendo esse desejo, o TeenCoach ajuda seu Coachee a definir um objetivo – que necessita ser específico, mensurável, atingível, realista e delimitado no tempo.
Por exemplo, o adolescente determinou que em seis meses vai sair do IMC de obesidade, por meio da redução de doces e industrializados e do incremento de legumes, verduras e frutas na dieta. Se entre as novas ações estabelecidas está passar a comer doces só no fim de semana, monitorar isso vai ser importante para atingir o objetivo maior.
Sabrina explica que é necessário entender o processo que o jovem está vivendo, ajudando-o a fazer pequenas mudanças. “Quando se tem um problema grande, é um erro de estratégia querer mudar tudo de uma vez”, diz Sabrina. Ela orienta os pais a valorizar as pequenas metas atingidas, e lembrar que qualquer mudança na alimentação depende de uma mudança de hábito. Que, para funcionar, tem que ser feita de forma lenta, constante e monitorada.
“A maioria das pessoas planeja, mas não monitora. A mudança de hábito é uma parte grande da obtenção de sucesso”, avalia Sabrina Oliveira, cocriadora do método Grow Coaching e do programa de formação TeenCoaching.