Professores podem adicionar alunos nas redes sociais?

Professores podem adicionar alunos nas redes sociais?

Por: Marcia Belmiro | Educação | 09 de julho de 2020

Hoje em dia, quase todo mundo está nas redes sociais (especialmente no Brasil, um dos países com maior adesão a esse tipo de mídia virtual), e isso inclui professores e alunos. Entre os educadores, uma questão gera bastante polêmica: é positivo se relacionar com os estudantes no Instagram, Facebook, Twitter, Tik Tok etc.?

Alguns especialistas defendem que o contato com os alunos nas redes sociais é possível e até que pode ajudar o professor a descobrir o que os motiva, e a partir daí criar aulas mais interessantes para a turma. Outros preferem ter perfis separados para posts de cunho pessoal e profissional. Afinal, existe resposta certa?


Política institucional

Algumas escolas orientam seus funcionários a não adicionar os estudantes, ou então permitem que isso aconteça, mas estipulam regras de conduta, como não fazer postagens com teor político ou com erros de português.

Se por um lado são comuns saias-justas provocadas por posts com intimidades, troca de farpas entre professores e pais nos famosos “textões”, por outro lado professores e alunos estão aprendendo a criar um novo tipo de vínculo, extraclasse, que permite conhecer as pessoas de outra forma.

Alguns educadores já usam o espaço das redes sociais para divulgar conteúdos extras para aqueles que têm interesse em se aprofundar nas matérias, e contam até que puderam auxiliar os estudantes em situações de cyberbullying, graças ao que viram nas redes.


O papel do educador

As redes sociais são um espaço público, embora virtual. Quando postamos algo, não dá para saber quem vai ver esse conteúdo, mesmo em se tratando de um perfil fechado. É possível que alguém tire uma mensagem do contexto e a replique em forma de prints, por exemplo. No caso de educadores, eles têm um papel de liderança perante os alunos, o que aumenta sua responsabilidade”, analisa Sabrina Oliveira.

Sabrina orienta os professores a pensar em algumas questões antes de fazer posts polêmicos: Alguém poderia se sentir ofendido com isso? Posso ajudar alguém com esse conteúdo? De que forma posso conciliar meus interesses com a imagem que desejo que meus alunos tenham de mim? “De todo modo, é possível manter sua privacidade com filtros como ‘postar apenas para melhores amigos’”, lembra Sabrina.

Importante: Independentemente de você ser ou não educador, como adulto é preciso ficar atento às leis e políticas das redes sociais. É proibido postar conteúdo pornográfico, discriminatório ou de ódio a minorias. E apenas adolescentes a partir de 13 anos podem ter perfis no Instagram ou Facebook (consulte as demais plataformas para verificar a classificação etária antes de adicionar algum menor em seus contatos).







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