Por: Marcia Belmiro | Adolescentes | 10 de novembro de 2020
A adolescência é uma etapa fundamental na constituição do futuro adulto. Questões mal trabalhadas nessa fase podem se arrastar como grandes problemas ao longo de toda a vida. Um bom exemplo disso é a educação financeira.
Desde a adolescência é possível ensinar a seu filho sobre disciplina, autocontrole, planejamento, valorização do trabalho e do dinheiro, habilidades relacionadas ao consumo consciente, de modo a criar uma boa relação financeira consigo mesmo e com o mundo que o cerca.
No Brasil, a educação financeira ainda é um gargalo para os jovens. Uma pesquisa do SPC Brasil em 2019 revelou que apenas 25% dos jovens de 18 a 30 anos fazem controlefinanceiro. As justificativas para essa falta de controle vão de não saber fazer (19%) a preguiça (18%), falta de hábito ou disciplina (18%) e não ter rendimentos (16%). Os dados revelam um endividamento recorde dos mais jovens.
“Em geral o adolescente é dependente financeiramente dos pais, mas é interessante que possa gerir uma parte do orçamento familiar (mesmo que pequena). A partir de 13 anos já é possível conversar com os filhos sobre a importância de economizar, fazer planos sobre o que quer comprar, o que poupar e no que investir”, analisa Sabrina Oliveira.
Sabrina frisa ainda que esta é uma ótima oportunidade de abordar os valores da família, valorizando, por exemplo, doações para quem precisa. “Dinheiro muitas vezes é um tabu na família, mas é importante para a educação do jovem que haja um esforço para falar abertamente sobre o assunto”, orienta.