Tu te tornas eternamente responsável pela expectativa que crias
Por: Marcia Belmiro | Desenvolvimento Pessoal | 10 de junho de 2021
A internet está repleta de frases, conselhos e até memes sobre as expectativas:
“Tu te tornas eternamente responsável pela expectativa que crias.”
“Crie um unicórnio, mas não crie expectativas.”
“A expectativa é a mãe da frustração.”
No entanto, para além das obviedades e dos palpites rasos, sobra muito pouco. Ao ler o que dizem supostos especialistas no assunto, fica o questionamento: “Ok, não posso criar expectativas. Mas COMO fazer isso??”
É natural do ser humano esperar algo daqueles com quem se relaciona, seja o filho, o companheiro, a mãe, a melhor amiga, o chefe… Tentar sufocar esse sentimento não ajuda em nada. Por outro lado, pode ser muito eficaz aceitar que as expectativas existem e aprender a se relacionar com elas.
O primeiro passo é ter clareza do que se espera. Sem isso, você se sentirá frequentemente decepcionado sem nem saber o porquê. Em segundo lugar, é importante comunicar suas expectativas de forma direta e assertiva. Desse modo é possível evitar muitos mal-entendidos.
Na prática:
Passo 1 – Ter clareza Do que eu preciso nessa relação?
De companheirismo, me sentir ouvido.
De que forma isso se traduz?
Preciso de escuta quando eu tiver um problema, sem que o outro tente resolvê-lo por mim.
Passo 2 – Comunicar de forma direta
“Você acha que pode me oferecer escuta quando eu precisar, sem tentar resolver meus problemas por mim?”
Importante: Não adianta dizer coisas do tipo: “Você nunca me ouve!” Isso é uma reclamação, não um pedido. Também é inoperante tentar dar ordens ou exigir algo que o outro não é capaz de dar, por mais que essa pessoa se importe com você. Cada um tem seus limites e superá-los é um processo interno, não algo que você possa fazer de fora.
Ao deixar claras as suas necessidades, você pode ouvir o que o outro está disposto/ tem a oferecer. Ao se abrir para ver esse outro como ele de fato é, e não como você gostaria que fosse, é possível ajustar suas expectativas naquela relação (inclusive para decidir se esse relacionamento vale a pena para você).
Ah, vale lembrar: Ninguém nasceu para atender às expectativas alheias, mesmo que você tenha crescido ouvindo: “Mamãe/ titia/ vovó não gosta de criança que chora/ que faz birra, é bagunceira.”