Por: Marcia Belmiro | Crianças | 05 de novembro de 2019
“Meus alunos não se comportam em sala de aula.” Quantas vezes você ouviu essa frase de colegas na última semana, no último mês? E quantas vezes você mesmo pronunciou ela depois de um dia cansativo e frustrante?
Talvez você se considere o único responsável por acabar com a desordem e ter o conteúdo sempre em dia, mas acredite: você não precisa se comprometer com essa missão sozinho. O professor é um líder, e um líder inspira e conduz seu time, levando-o a atingirem juntos os melhores resultados.
É possível que você esteja lendo isso e se pergunte: “Peraí, mas eu dou aula para crianças.” Exatamente. E afirmamos com segurança que é viável mudar o comportamento indesejado dos alunos, independentemente da idade – não de cima para baixo, por meio de castigos e coerção, mas com parceria, cativando-os e engajando-os.
A chave é o empoderamento das crianças, mas isso só é possível se o professor se dispuser a mudar seu mindset. E aí, topa?
O Método KidCoaching escolar propõe uma abordagem informal, na qual o professor atua como Coach dos alunos. Vamos dar aqui um exemplo prático, passo a passo, de como é possível conduzir a turma em uma situação de bagunça em sala de aula – e revertê-la. Este é um excelente exercício de democracia e cidadania para as crianças, de autocomprometimento pela própria vida e pelos próprios resultados.
Confira nossas orientações aqui:
Mostre os fatos, com respeito, sem julgamento nem lição de moral, falando de seus sentimentos e preocupações. (Ex.: “Ontem, quando eu estava explicando a matéria X, vocês estavam falando junto comigo. Acabei me aborrecendo e aumentei o tom de voz. Já estava na hora do recreio e nos atrasamos. Tenho a responsabilidade de preparar vocês para ingressar no próximo ano com os conhecimentos necessários, e X é um deles.)
Peça que a turma diga suas impressões sobre o ocorrido e anote tudo. Fazendo isso você obterá informações preciosas que talvez desconheça. É possível que descubra que a situação pode ser resolvida mais facilmente do que imaginava.
Fale sobre o que você entende como necessidades do grupo no momento. (Ex.: Precisamos resgatar essa aula perdida para manter o cronograma em dia.) Perceba que dessa forma você convida o grupo a participar do problema.
Dê a oportunidade de as crianças resolverem sozinhas a situação, auxiliando-as a focar na solução. Faça boas perguntas e incentive novas atitudes, que tragam novas ações imediatas. (Ex.: O que vocês podem fazer para solucionar isso?; Como poderiam agir da próxima vez para não termos esse problema de novo?; Qual seria a melhor maneira de abordarmos esse conteúdo minimizando o atraso?; Como poderíamos tornar isso mais divertido?)
Estimule que formulem ações de maneira afirmativa, pois o cérebro funciona melhor, gerando novas sinapses, com ordens afirmativas e claras. (Ex.: Em vez de “não vamos conversar na sala de aula”, “vamos conversar todos os assuntos na hora do recreio para ter uma aula mais proveitosa”.)
Pergunte exatamente como vão agir (deixe-os repetir os combinados que fizeram a partir de suas próprias ideias), e a partir de quando vão começar.
Pergunte como vão se lembrar de cumprir os combinados (mais uma vez delegue a eles a solução).
Acredite de fato na mudança, tendo em mente que as crianças entenderam o que é importante para si mesmas e que, assim, vão se engajar na solução.
Você deseja ajudar seus alunos a melhorar o desempenho escolar, se desenvolvendo emocionalmente e tecnicamente com o Programa Kids Coaching? Acesse aqui e saiba como se inscrever: